segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Abismo

Procuro neste abismo.
Procuro algo puro.
Procuro a luz.

Grito!
Grito de medo com lágrimas a cair pelo rosto.
Chamo.
Chamo por amor.
Chamo por amizade.
Chamo por ternura.
Chamo por carinho.

No meio do meu chamar.
Só ouço o eco dos meus gritos.
O eco dos meus pedidos.

Perdido neste labirinto.
Sem saber por onde entrei.
Sem saber por onde sair.
Limitado por estas paredes invisíveis de escuridão.
Cada dia maiores elas são.

Vou perdendo a esperança.
Já a perdi.
E esta vela.
Já não vai durar muito mais.
Seguro a firmemente entre as mãos.
O medo da escuridão e bem maior do que a dor da cera derretida.
Tenho que a manter acesa.

A cera abandona a vela por entre meus dedos.
E o pavio acaba por desiste perante tanta escuridão.
E eu fico no escuro.

O frio vai me envolvendo lentamente.
Com suas mãos ele aperta-me não me deixando fugir.
Com as ultimas forcas do meu corpo.
Grito!
Mas ninguém responde.
Só o eco dos meus gritos e pedidos.

1 comentário:

Marta Santos disse...

Olá Ingliz!!!
Adorei o teu poema ,está profundo...consegues envolver-nos nesse teu mundo! Não deixes que a escuridão tome conta de tudo o que te rodeia, não deixes que a vela se apague..que sería de nos sem essa pequena luzinha que ilumina todos os recantos ,mesmo quando tudo caí á nossa volta ! Mas deixa a cera cair, porque teimas sempre em sofrer desnecessariamente??
Queria que soubesses uma coisa...quando gritares ..quando chorares...e em todas as situações semelhantes, eu estarei lá para te ajudar ,independentemente de nos termos afastado um pouco...continuo a ser tua amiga !Gostei mesmo do poema.!
beijo grande****